O Aborto é comparado ao Holocausto nazista
Humanamente deve ser muito doloroso morrer sem saber sequer a causa da própria existência e morte. Assim aconteceu com os milhares e milhares dos Hebreus que nos anos 30 e 40 eram solenemente encaminhados para as “fábricas de mortes” de Hitler então existentes em Polónia. Assim acontece ainda hoje com os infinitos milhares de crianças não nascidas porque indesejadas dos seus respectivos familiares.
Segundo as estatísticas da organização mundial da saúde, oms, mais de 80 milhões das gestações femeninas são indesejadas. Dessas gravidezes, 46 milhões são convertidas em abortos, o que faz um total de 126 abortos por cada dia. Só na Itália, de 1983 a 2004, fizeram-se 136700 interrupções voluntárias de gravidez. Dados hospitalares registam 142 mil abortos/ano na terra do Dante. Portugal, que acaba de dilatar a despenalização do aborto, regista 150 abortos clandestinos por ano. Angola não se escapa dessa, considerando os abortos clandestinos praticados, embora não haja registos certos.
Em fim, os números de abortos no mundo são assutadores, e as consequências não deixam de ser trágicas. Afinal estamos a falar de mais de 80 milhões crianças não nascidas a causa da interrupção voluntária da gravidez. É um autêntico genocídio. Não importa se trata-se de aborto legal, eugênico, femenista, terapêutico ou farmacêutico. São vidas humanas que estão sendo eliminadas sistematicamente (com o agravante de serem pessoas inocentes e indefesas). O aborto é sempre um omicídio, infaticídio. O resto é conversa barata para justificar-se a cobardia e varrar a consciência de qualquer remorso ou vergonha.
O fenómeno da prática de aborto tem vindo a crescer na Europa, com o aumento da sua despenalização legal. Hoje a situação é alarmante. Nos princípios dos anos 2000, alguns cristãos de Holanda e França começaram a falar da possibilidade e legitimidade do uso de “objecção de consciência cristã “ da parte dos fiéis funcionários públicos, quando a lei permite a execussão do aborto nos hospitais. É importante sublinhar que esta cosnciência e iniciativa veio dos leigos cristãos desses países considerados altamente laicista e liberais.
O falecido Papa João Paulo II, no seu livro intitulado «Memória e Identidade», a dado passo, compara o aborto aos crimes do Holocausto cometidos por nazista Adolfo Hitler. Os críticos do Vaticano, ateus e laicistas acusam os católicos do que chamam “chantagem emocional”. Contudo, hoje, na Itália, a causa dos problemas legais e familiares criados pelo cessante Governo de Prodi (semelhante ao do Zapateiro, na Espanha), é debate público, académico e religioso questões de objecção de consciência, eutanásia, comparação do aborto com o holocausto e o matrimónio dos paninas.