A minha foto
Nome:
Localização: Luanda, Angola

Apenas conhecemos o que sabemos comunicar, expressar!

30.5.07

Comércio das “partes humanas” na Europa

Tráfico de células estaminais e órgãos humanos, laboratórios de embriões congelados e manipulados para fins ditos medicinais e estéticos (eliminação de rugas) são alguns tópicos de grandes business a explodir hoje na Europa. Tal comércio ilícito de “partes humanos” tem vindo a crescer assustadoramente no leste europeu (Ucraina, em particular), na Ìndia e no Brasil. Mas, a procura frenética vem da velha europa, onde se destinam os maiores tecidos e células humanas traficados, diz-se, para rejuvenescerem científica e eternamente os seus velhos.


Entretanto, o súper-mercado de celúlas e órgãos humanos não é somente coisa feita nos paises considerados atrasados em direitos humanos. A Grã Bretenhã acaba de autorizar a manipulação dos genes humanos e animais para ditos fins científicos (prometo a propósito mais pormenores noutro próximo artigo). A Espanha de Zapataro está infestada de clínicas privadas que produzem e vendem óvulos humanos.



Segundo o jornal católico italiano, Avvenire, na Espanha, existem 187 clínicas que oferecem os serviços da chamada «assistência reprodutiva» às jovens estudantes ou pobres entre os 23 e 35 anos de idade, sem vícios, que queiram “doar” os seus óvulos maduros a custos financeiros que vão dos 900 aos 2000 euros por cada. As jovens russas, polacas e latino-americanas são tidas como a maioria interessada nessa tal “doação ovárica”, enquanto as senhoras alemãs, inglesas, francesas e italianas acorrem aquele banco espanhol de genes a causa dos preços bonificados, vantagens legais e da maior liberdade de escolha das características dos genes desejados. Somente em 2003 “doaram-se” 3.398 ovúlos. Hoje Espanha é já considerada lugar fértil para o chamado “turismo procriativo”.



Nessas mesmas clínicas, os casais estéreis, gays ou solteiros compradores podem fazer a tal «fecundação assistida» dos genes adquiridos. Segundo os artifícios legais espanhões, as “doações” são gratis e os óvulos recolhidos por tais clínicas privadas são apenas previstos para escopos científicos ou medicinais tal como a «clonação terapêutica» e a cura de algumas doenças como o parkson, mas, na prática, a compra-venda dos óvlulos é altamente estimulada pelo pendor financeiro. O resto é conversa ludibriadora, pois, nem os alegados fins de pesquisa científica para escopos medicinais justificam essas manobras comerciais. Por exemplo, é sobejamente sabido que as células estaminais adultas são mais eficazes do que as dum fecto ou embrião humano.



Algumas organizações ocidentais pro-life tal como «Hans off our ovaries» e alguns institutos biogenéticos começaram a lançar campanhas de sensibilização sobre o que consideram abuso e “tráfico do corpo” da mulher. Mas, não tenho esperança de que consigam fazer parar ou pensar esse grande business calculado em milhares de euros.