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26.4.07

Uso parcimonioso d’água: banho uma vez por semana!



O tempo está cada vez mais enlouquecendo no planeta terra, em particular aqui na Europa onde a poluição industrial continua a fazer das suas. Estamos apenas na primavera, mas aqui em Roma o termómetro já começou atingir os médias de 30° C. E estima-se que o mês de Junho venha a ser o pico de altas temperaturas italianas, com mais de 44° centígrados, nalguns lugares. Um calor que terá asfixiado Itália somente nos anos sessenta.


Estima-se também que mais de dois milhões de anciãos (acima dos oitenta anos de idade) estarão em risco durante o próximo verão a causa das altas temperaturas. Eu mesmo comecei também a fazer as devidas previdências porque o calor daqui é de facto muito húmido e asfixiante. Experimentei-o já em Junho de 2004. Quase não nos deixa respirar nem trabalhar nas cidades escaldantes como a de Roma.


Rios e lagoas estão atingidos níveis preocupantes de baixo caudal. Desde Setembro último, as reservas hídricas na Itália já baixaram até 50%. As autoridades governamentais e a protecção civil começaram já a sensibilizar a população no sentido de economizar água e fazer-se grande reservas.


Entretanto, a proposta mais bizarra para se poupar água neste verão veio do principal diário italiano, corriere della será que aconselha a redução do consumo de água banhando-se uma vez por semana, e usar a mesma peça de roupa duas ou três vezes por semana. «Um duche por dia é uma mania», considera o senhor que publicou tais conselhos naquele quotidiano. Muitos têm reagido publicamente a essas indicações considerando-as «provocações gratuitas». Estes dizem sentir-se sujos e porcos, caso não se banhem constantemente. Pessoalmente acho também essa proposta absurda porquanto haja muita água a desperdiçar-se por todos os cantos das cidades. A propósito, não consigo até agora compreender o difuso habito de muitos europeus banharem-se pouco por semana. Não é que haja escassez de água. Pelas muitas cidades europeias que visitei encontrei sempre fontes e chafarizes públicos em abundância, a jorrarem água dia e noite.