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16.1.07

A vida dum cão conta muito mais do que a duma criança, na Itália!


Entre nós em Angola, ser considerado um cão, gato, porco ou ser tratado como um animal é sinónimo de grande ofensa e humilhação. Mas, não deve ser assim na Europa. Aqui os animais, em particular cães e gatos, gozam de grande respeito e consideração. Posso mesmo afirmar que os animais são muito mais respeitados e protejedos do que os próprios embriões humanos. Na cidade de Torino, padre Moro foi proibito de conservar passarinhos em gaiolas sob pena de pagar seis mil euros. Ele porém desafiou as autoridades civis que o faria se penalizassem também as dezenas de pessoas que diariamente fazem abortos nos hospitais da cidade.

Na Europa, a sensibilização em favor dos animais tem vindo a crescer com a pressão política dos lobbies ambientalistas. Fizeram-se até leis para os protegerem de eventuais abandonos, agressões e maltratos. Por exemplo, alguns novos decretos rezam que a pessoa que matar um cão expiará ao menos seis meses de prisão. Curiosamente o assassino de crianças inocentes(aborto) é legal e assistido nos hospitais.

Alguns amigos de cães têm habito de cortar cauda ou orelha do seu respectivo canino a motivo de moda. Este mês foi proibido por lei esta prática na Itália. Ano passado, os parlamentares italianos aprovaram uma outra lei que estipula “a criação de cimitérios para animais domésticos como gatos, cães e todos os animais que nos fazem companhia”. E mais: lhes foram previstos carros fúnebres, para não dizer enterro solene.

A atenção dos legisladores italianos espelha somente a amizade e afectos dos cidadãos em relação a estes animais. De facto, basta sairmos à rua, jardins e pátios públicos em Roma para vermos tanta gente acampanhada dos respectivos caninos. Manhãs e tardes, jovens e velhos. Alguns correndo, outros acareciando e outros ainda beijando os tais caninos. Um espectáculo que as vezes me parece nojento.

Roma está cheia de pessoas pobres e que passam o dia a pedir esmola somente para saciar a fome. Nunca ouvi porém a existência duma ONG cujo fim fosse a distribuição de alimentos a esses desgraçados. Há contudo empresas cujos serviços consistem na distribuição de comida aos gatos espalhados pelas ruinas antigas da cidade.

Os animais têm também direito a hospitais (com consultas regulares), lojas, alimentos, vestuários e dormitórios confortáveis. E muitos dessas pessoas que descarregam os seus afectos aos gatos e cães são as mesmas a desaconselhar o nascimento dum ou mais filhos para evitar as responsabilidades sociais duma criança. Dizem por exemplo que uma criança dá muita maçada, requer muitos cuidados e custa não pouco dinheiro.