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1.12.06

A problemática de Imigração na Europa, Itália em particular

A imigração é um fenómeno em aumento vertiginoso na União Europea, não obstante as políticas restritivas de imigração e a intensificação de controlos fronteiriços. São mais de 56 milhões de imigrantes, dos quais 5 milhões clandestinos, segundo dados de Caritas Europa. Na Itália os imigrantes de diversas partes do mundo são mais de 3 milhões, e a tendência é de aumentar mensalmente.

O constante fluxo dos imigrantes clandestinos na Europa não é porém sinónimo de deliquência nem de insegurança social como facilmente se suspeita. A maioria dos imigrantes são pessoas responsáveis a procura de emprego e melhores condições de vida. Muitos deles escaparam às precárias condições económicas e sociais dos seus respectivos países. Na sua mairoria são provenientes da Europa do leste, de Ásia e África do norte.

Uma vez porém chegados na Europa se confrontam com grandes obstáculos tal como a defesa dos seus direitos fundamentais, a inserção legal, a integração laboral, social e cultural.

Para acudir a estes e outros semelhantes problemas, têm nascido muitas organizações religiosas, civis e governamentais. Na Itália por exemplo são mais notórias e significativas as acções das Caritas e da Comunidade de Santo Igídio, ambas organizações da Igreja Católica, a favor dos imigrantes. Instituições civis e estatais como Associação Extra Center (com bancos de dado dos trabalhadores imigrantes), a Federação e Sindicato dos trabalhadores estrangeiros na Itália oferecem suporte legal e outros serviços úteis aos imigrantes.

Entretanto, o grande muro por abater ainda consiste nas desconfianças preconceituosas enraizadas em muitos europeus e na exploração e desfrutamento da mão de obra barata da parte de alguns empreendedores pouco escropulosos. Para se evitar tais abusos que em nada favorecem a convivência pacífica e multircultural nem o respeito da dignidade da pessoa humana, a Igreja Católica e outras organizações laicas têm apelado à superação de sentimentos e comportamentos estreitamente nacionalísticos de modo a criar-se condições e regras civis que reconheçam como direito a imigração e facilitem a sua integração socio-profissional e habitacional.