O ‘FENÓMENO SINGLE NA EUROPA’
Il fenomeno di single in Europa è diffuso e aprezzato. Sono più di cinco milioni singles solo in Italia.
In Africa la solitudine non è mai ammessa come cultura.
É um fenómeno que me suscitou atenção na Irlanda, e aqui na Itália ainda mais. Tenho visto, para minha admiração, muita gente solteira. Certo, já ouvira dizer que na Europa havia não pouca gente ‘single’. Uma coisa porém é ouvir, outra bem diferente é conviver com essa gente. É um fenómeno estranho para um africano que procura sempre dar ao largo a ‘força de vida’. Na África, quase 97 por cento dos nascidos se casam. Salvo raras ecepções, o solteiro é tido por feiticeiro, não é bem visto na comunidade. Por isso, me cria muita curiosidade o ‘culto de single’ no mundo ocidental, e gostava saber por que razão esse pessoal se decide por viver eternamente a sós. Os números são assustadores. Só na Itália são mais de 5 milhoes singles! Comumente são pessoas mui chic, inteligentes e profissionalmente bem sucedidas.
Mary é uma de tantas singles anciãs que conheci na Irlanda. Perguntei-a sobre o que faz com que muita gente se transforme em singles. As motivações são variadas quanto diferentes as tipologias de solteiros, confessou. Salienta haver single por natura (que é o caso dela), por intervenção humana (missão ou decepção) e singles por causa do Reino de Deus (vocação divina).
Pessoalmente sempre acusei os solteiros de egocentrismo, narcisismo e individualismo. Gente pouco séria, com tempo a sobrar para ser gasto em actividades fúteis como viagens, diversão e cura pessoal. Naqueles encontros com solteiros como Mary tive porém de redimensionar esses meus preconceitos. O contacto com os três irmãos singles da Mary e das duas solteiras irmãs do padre Donal me fizeram conhecer outro lado positivo dos singles. Os singles são gente apaixonada no trabalho, volontariado e estudos. Gente agarrada às mais variadas responsabilidades até ao altruismo! Pelo que não sente solidão afectiva nem social. Outros até vao mais longe justificando esse ‘culto de single’ com o status de Jesus, alegando que Jesus teria sido o single por excelência.
Entretanto, os meus esteriotipos não ficaram totalmente desfeitos. No sentido lato, considero single um indivíduo que vive sozinho, numa solidão perpéctua ou ocasional. Tenho single ainda como um eunuco, alguém estéril por vontade própria ou alheia. Desta feita, um single não se sente vazio por dentro? Não se sente moral e psicologicamente em dívida por não ter feito algo comumente considerado importante na vida humana? O facto de muitos solteiros compensarem a solidão com a companhia excessiva de cães ou gatos, encontros e outros tipos de evasões não denuncia certo vazio existencial?
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