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16.11.06

Orações Suspensas a Causa de Negros em Polonia

Una volta in Polonia, mi sono sconvolto di tristezza guardando l’industria letale di Hitler in Auschwitz. Ma la ‘tenerezza’ dei polachi verso ai neri mi ha riempito di emozioni anche scovolgenti.

Mal tinha posto os pés em Roma, Matilda e Michel insistiram comigo para um fim-de-semana em Polónia entre 4 e 8 de Outubro passado. Consenti, sem grande entusiásmo. Desfiz-me da habitual burocracia documental, e segui.

Uma vez em Cracóvia, o entusiásmo voltou e os dias começaram a sorrir-me. Cracóvia é a cidade económica e turística de Polónia, disse-me o colega Michel que também fazía-nos de guia.

Quinta-feira fomos visitar o famoso Santuário de ‘Jasna Góra’ em Czestochowa , aonde se venera a ‘imagem milagrosa de nossa senhora negra’ há mais de sete séculos. A cidade era frenética nos seus deveres. O Santuário empinhado de gente, na sua maioria peregrinos polacos.

Não me passou despercebido um pormenor estranho: na cidade de Czestochowa, as pessoas estranham ao ver negros nas suas ruas! Éramos dois africanos na nossa caravana. Impressionou-me ao notar que muita gente parava somente para nos olharem. No santuário, os peregrinos suspendiam suas devoções para nos contemplarem com olhos surpreendentes como se fóssemos um dos magos naquele lugar! Senhoras mais atrevidas e assanhadas não se continham, vinham ao nosso encontro para nos abraçar e saudar espontânea e efusivamente, o que as vezes me criava certos embaraços!

Dia seguinte arrumamos para Auschwitz, uma cidade bastente verde e movimentada por várias indústrias, mas cheia dum passado horrível. O céu era colorido do azul. Dentro porém do museu da morte de Auschwitz o ambiente era fúnebre. Mais de um milhão e quinhentos mil pessoas queimadas alí! Os vestígios da ‘Fábrica de morte’ de Hitler foram tão fortes em nós que tivémos todo o dia de sol triste. Alguns entre nós não conseguiram comer a causa do impacto do que tínhamos acabado de ver com os nossos próprios olhos. Ficamos chocados e perturbados por dentro.

Sábado era outro dia. Sacudimo-nos da pesante poeira do passado dia. Traçamos e seguimos a nossa nova agenda. Fomos acolhidos solenemente pelo Muzum Zup Krakowskich. Uma mineira antiga de extração do sal. O lugar tornou-se fenomenal e único no mundo a ponto de receber mais de um milhão turistas por ano. Descemos a pé até 136 metros de profundidade. No percurso, fomos brindados com imagens espectaculares das obras extraordinárias daqueles antigos mineiros e artistas. Tudo feito e decorado a sal, até uma enorme e brilhante capela! Nos apercebemos que afinal o sal não era útil somente na cozinha, mas também na arte e arquitectura. Tanto é assim que uma colega decidiu e prometeu-nos construir para si mesma uma casa de sal, hornamentada com objectos somente de sal.

Domingo regressamos a Roma, depois, de termos aturados por horas a fios os carrascos polizziotti polacos. Não obstante a papelada toda estar como ordena a lei deles, os tipos não cessavam de nos espiarem e amordaçarem com perguntas estúpidas e provocadoras. Para eles, negros e iraquianos constituiam perigo nos seus torritórios. Não deixam porém de serem matumbos e preconceituosos, pois, nem sequer conheciam a existência do Ivory Cost e ignoram que os terroristas usam sempre passaportes europeus e americanos.