AS ELEIÇÕES 2012 EM ANGOLA FORAM VEROSÍMEIS!
Por mim, as cifras do vencedor são verosímeis, pois, não são verificáveis cientificamente por outros mecanismos independentes, o que belisca a transparência e lisura destas eleições e por conseguinte macula a sua credibilidade. Entretanto, o povo comportou-se de forma civil e urbana, não obstante as ameaças dalguns partidos e os embaraços evitáveis da CNE, forçando-o a abstenção em muitos lugares.
Por outro, começam a ser descobertos os buracos destas nossas eleições:
1. Cadernos eleitorais não publicados a tempo para correcções oportunas (quase metade dos eleitores registados não votou porque seus nomes não constavam das assembleias escolhidas; há casos de falecidos incluídos no tal FICRE).
2. Metade dos fiscais dos partidos de oposição não credenciados, impossibilitando-os de assistir às mesas, assinar e obter as “actas sínteses” das mesas de voto (instrumento de controlo e verificação).
Obscuridade no manuseamento electrónico dos dados provenientes das assembleias no Centro de Escrutínio Nacional instalado em Talatona, Luanda.
3. Apenas doze observadores internacionais (dois EU e dez SADC) seguiram a seu modo estas eleições. Foram insuficientes para a cobertura nacional.
4. Propaganda excessiva dos media públicos a favor de um dos concorrentes em detrimento doutros (oposição). Pouco jornalismo durante o tempo das eleições.
Outra ideia positiva entre a população (e favorável a Democracia) tem a ver com a valorização do papel da oposição em Angola. Muita gente começa a contar com a oposição para defesa dos seus direitos. para exigência e manifestação dos seus interesses.
Eleições mais transparentes, livres e justas estão ainda por acontecer em Angola.
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